Crise social & multiculturalismo: estudos de sociologia para o século XXI

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Sociedade Brasileira de Sociologia, 2003 - 443 Seiten
Este volume reúne uma seleção de trabalho apresentados no 9o Congresso Brasileiro de sociologia realizado na UFRGS em Porto Alegre em setembro de 1999. a sociologia aparece nestes textos como uma sociologia da transformação orientada pelo Rigor pela criatividade e pela Audácia dos sociólogos e sociólogos que iniciam a sociologia para o século 21.

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Inhalt

Abschnitt 1
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Abschnitt 2
11
Abschnitt 3
19

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Autoren-Profil (2003)

José Vicente nasceu em Paris, em 29 de janeiro de 1949, sendo o mais novo de seis filhos, três homens e três mulheres. Seu pai, Rosauro Tavares, advogado, e sua mãe, Ophélia Ortiz, descendente de uma família de fazendeiros tradicionais de Soledade/RS, junto de seus irmãos, migraram do interior do Rio Grande do Sul para a França em 1946. Deste ano até 1951, durante o governo Eurico Gaspar Dutra, Rosauro Tavares assumiu o cargo de gerente geral da Companhia de Navegação Lloyd, com sede em Paris. À época ele era filiado ao Partido Social Democrático (PSD) e havia sido preso por dois anos por participar da Revolução Constitucionalista de 1932. Com o retorno de Getúlio Vargas à presidência, a família voltou ao Brasil, vivendo por cinco anos no Rio de Janeiro e, posteriormente, em São Paulo, onde permaneceu de 1956 a 1962. Na capital paulista, além de acompanhar seu pai nas reuniões do diretório do Partido Social Progressista (PSP), o menino José Vicente frequentou cinemas, livrarias, a faculdade de direito da Universidade de São Paulo (USP), e acessou os livros da biblioteca paterna. Desde a infância sempre leu muito, seguindo a prática e o incentivo familiares. Com o falecimento do pai, em 1963, quando tinha catorze anos, a família mudou-se para Porto Alegre. José Vicente ingressou no Colégio Estadual Júlio de Castilhos, àquela época uma escola pública de grande prestígio e formadora da elite política gaúcha. Membro do grêmio estudantil do “Julinho” e participante de uma mobilização contra a postura autoritária do diretor da escola, ele foi expulso no penúltimo ano do ensino médio. Assim, concluiu o terceiro “clássico” noturno em uma escola municipal em 1966, aos dezessete anos de idade, quando já trabalhava como auxiliar de escritório. Conforme declarou em entrevista (BASTOS et al., 2006), foi a inserção no movimento estudantil secundarista que o atraiu para a questão social. Em 1967 foi aprovado no concurso vestibular para ingresso na UFRGS em dois cursos: o de Direito e o de Ciências Sociais. Naquele ano cursou-os simultaneamente, mas depois desligou-se do primeiro. Em sua trajetória universitária engajou-se no movimento estudantil, na luta contra a ditadura civil-militar e na defesa da universidade pública, gratuita e de qualidade. Participou da Associação Gaúcha dos Sociólogos, a partir da qual conheceu vários professores da USP: Florestan Fernandes, Fernando Henrique Cardoso, José de Souza Martins, Marialice Foracchi, dentre outros. Graduou-se como cientista social pela UFRGS (1971), mestre em Sociologia pela USP (1977), com a dissertação “Colonos do Vinho”, orientada por José de Souza Martins, e “Docteur d’État en Sociologie” pela Université de Paris, Nanterre (França, 1987), com a tese “Matuchos, le rêve de la terre: Étude sur les processus de colonisation agricole et les luttes des paysans méridionaux au Brésil (1930-1984)”, orientada por Marcel Jollivet. Esta tese demarcou sua transição da questão agrária para as conflitualidades e as violências. Realizou o pós-doutorado na University of Cambridge (UCAM, Inglaterra, 2008). Desenvolveu pesquisa visitando escolas de polícia dos Estados Unidos, Canadá e Inglaterra, visando conhecer as suas metodologias e currículos, bem como realizou seis missões científicas à China. Na UFRGS também ocupou vários cargos de direção, dentre eles: Pró-reitor de Pesquisa, Diretor do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) e Diretor do Instituto Latino-americano de Estudos Avançados (ILEA). Na representação universitária, foi membro do Conselho Universitário e presidente do Conselho Deliberativo da Fundação de Apoio à UFRGS (FAURGS). Foi presidente da Associação de Docentes da UFRGS (ADUFRGS) e, desde 2019, como diretor da entidade. Manteve-se, também, sempre muito ativo junto às mais diversas associações científicas. Foi secretário regional da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e dirigente de associações nacionais e internacionais de Ciências Sociais e Sociologia: presidente da Sociedade Brasileira de Sociologia (SBS, 1998-2001) e da Asociación Latinoame Cesar Barreira é doutor em Sociologia pela Universidade de São Paulo (1987), tendo realizado pós-doutorado na École des Hautes Études en Sciences Sociales — Paris (1990) — e no Instituto de Ciências Sociais — Lisboa (2008).

Bibliografische Informationen